| Diretoria da Aprasc convoca associados para assembleia geral ordinária
Por Joacir Dal Sotto *
O limite da vida é colocado quando estabelecemos a morte como ponto final, o caminho da mortandade é o grande começo daquilo que chamamos de vida, não é possível o renascimento sem o processo da dor, do medo, da morte, da fuga, do erro, da superação, do esforço, da sabedoria, da beleza que é uma graça trazida pela arquitetura do universo.
Barreiras são tolices da mente ou da condição de quem criou o tempo presente como senhor da caminhada, não podemos criar laços com o eterno sem antes aceitarmos o processo finito como parte da caminhada. É sabido que quando olhamos demasiadamente para o outro, o nosso próprio caminho é travado, tenha fé naquilo que serve como escada para pontos mais altos da existência.
Ninguém é totalmente protegido do mal, mas acima de tudo, ninguém é totalmente inútil ao nível de nunca ser abençoado. Faça os teus rituais religiosos sem medo de julgamento e apedrejamento, tenha consciência que toda pedra lançada contra alguém poderá provocar uma necessidade natural de vingança, abrace, mas não espere ser abraçado, ame, mas não queira que o amor alheio sirva como suporte para tua felicidade, o amor em si mesmo é um ato que aproxima o amigo dos valores que você vivencia.
Produza apenas o que você é capaz de plantar, plante apenas o que você é capaz de colher, viva daquilo que você consegue suportar na condição de quem sempre está criando novos desafios, o rio da vida é passageiro e não podemos deixar de fluir nas águas novas do próprio rio, tudo é renovado, mas deixamos do vale na mesma medida que deixamos da vida, quando aprendemos as coisas da vida, aprendemos as coisas que preparam para a morte.
* Corretor de imóveis, escritor e filósofo.
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