Por Joacir Dal Sotto *

Tantas palavras escondidas, tantos textos ocultos da graça dos grandes leitores, tantos amores perdidos pela prepotência de acreditar que o convívio é o bastante, o próprio amor não é o bastante para uma permanência longa do amor. Vivemos tempos difíceis, visualizamos o sublime da vida, mas não conseguimos mais dar um passo na direção da verdadeira superação, é preciso um pouco mais de arte para enfrentar os monstros, os medos insanos, que não sejamos pequenos, mas que sejamos grandes, que possamos ouvir o canto dos pássaros quando chega toda calmaria do final de uma tarde chuvosa.
O violino muda o seu tom pelas mãos do artista, mas não existe artista sem público, não existe arte sem evolução nos meios de vida, até parece que o excesso de informação é capaz de suprir tantas mazelas emocionais contemporâneas, são pessoas doentes que vivem em nosso tempo, para qualquer problema é uma lágrima que nasce, é uma dor pela incompetência de si mesmo, olhe ao teu redor tanta angústia, tanta pobreza, tanta falta de coragem e riqueza.
É preciso compor tua vida pelo dedo da transformação, pelo dedo da mudança que começa toda manhã e começa na aurora, não deixe para depois o que poderá fazer hoje, o hoje é o fundamento da vida, a vida grandiosa e rica que você tanta espera, ouça com mais atenção, existem mais risos que lágrimas, mas o controle está contigo, você é que é o senhor do destino.

* Corretor de imóveis, escritor e filósofo.