Por Joacir Dal Sotto *

É no canto matutino, de um retrato tirado no meio da tarde, entre vídeos, tragos e prosas, fazendo da vida uma dolorida canção e também fazendo da vida um jogo da curta passagem.
Quando tudo passa é difícil compreender, até parece que não somos adeptos da mudança, no fundo o que queremos é apenas um lugar tranquilo para tirarmos uns dias na eternidade, já disseram no vilarejo que é errado pensar na cidade grande, mas nunca sabemos o gosto das raízes quando o grito da natureza não é ouvido de longe.
Os idosos morreram há muito tempo e lembramos apenas de nossa infância perdida, ainda existem os jovens que morrem e os que não chegam ao envelhecimento, eita jogada traiçoeira que chamamos de vida, são passos atrasados da confraternização tão necessária para uma vida feliz.
Quem sabe seja isso mesmo, um silêncio, um abraço, um aprendizado, um chamado de força, uma escolha sábia, uma vida bela.

* Corretor de imóveis, escritor e filósofo.