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COLUNA MARCIANO CORRÊA

A falta de respeito com o credo alheio

  • Nilton Wolff -

por Marciano Corrêa


A intolerância religiosa é um fenômeno que, infelizmente, tem ganhado cada vez mais espaço em nossas sociedades, refletindo-se de forma cruel em comentários maldosos e atitudes discriminatórias. Em uma cidade que se propõe a ser plural e diversa, é crucial que entendamos a religião como uma escolha pessoal, respeitando as crenças dos outros, sem impor ou menosprezar.

A escola e a universidade são espaços por excelência para a troca de ideias, onde a liberdade de expressão e o respeito às diferenças devem ser incentivados. Esses ambientes acadêmicos devem fomentar o diálogo e o debate saudável sobre temas como religião, política e cultura, permitindo que os alunos desenvolvam uma visão crítica e informada sobre o mundo. No entanto, quando esses debates são tomados por fanatismo ou desrespeito, o que era para ser uma troca enriquecedora se torna um campo de ataques. O problema se agrava quando aspectos religiosos são usados para justificar discursos de ódio, discriminação ou até mesmo agressões físicas.

É importante lembrar que o Estado é laico, ou seja, não pode favorecer nenhuma religião em detrimento de outra. A Constituição Brasileira assegura que todas as crenças sejam respeitadas e que as pessoas tenham liberdade para professar sua fé sem medo de perseguições ou preconceitos. No entanto, o que se observa em muitos momentos é o uso de uma determinada fé como um instrumento de ataque a outras crenças. Comentários maldosos, muitas vezes embasados em interpretações distorcidas da religião, não só ferem aqueles que são alvo dessas agressões, mas também corroem a convivência pacífica na sociedade.

Não podemos permitir que a religião seja usada como um pretexto para dividir ou discriminar. É essencial que aprendamos a discutir as religiões de maneira respeitosa e construtiva, valorizando as diferenças e, acima de tudo, reconhecendo o direito de cada um de acreditar no que quiser, ou até mesmo de não acreditar em nada. A educação, seja no espaço escolar ou universitário, desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, onde o respeito mútuo prevalece sobre o preconceito e a intolerância.

A luta contra a intolerância religiosa começa no diálogo e na promoção de uma cultura de respeito, onde cada indivíduo é tratado com dignidade, independentemente de sua fé ou crença. Em uma sociedade laica e plural, é possível conviver harmoniosamente com as diferenças, e é nosso dever garantir que isso aconteça.


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