Selecione a página

Dança das Grimpas Vestido de Ana Paula Pires Coelho brilha na 35ª Festa Nacional do Pinhão, levando Lariane Rodrigues ao título de 1ª Princesa

Dança das Grimpas Vestido de Ana Paula Pires Coelho brilha na 35ª Festa Nacional do Pinhão, levando Lariane Rodrigues ao título de 1ª Princesa

Sob o céu outonal de Lages, onde o aroma do pinhão sapecado se mistura ao entusiasmo da tradição, um vestido-poema uma oratória perfeita conquistaram corações e levou a candidata Lariane Rodrigues ao posto de 1ª Princesa** na 35ª Festa Nacional do Pinhão. Criado pela estilista Ana Paula Pires Coelho em 2016 para rainha eleita naquele ano Vanessa Camargo, a obra intitulada A Dança das Grimpas ressurgiu como um tributo à cultura serrana, emocionando o público e a comissão julgadora entre 12 candidatas.

Com cores que ecoam a magia das araucárias, o vestido é uma narrativa tecida em renda pedrarias e lã. As grimpas, os delicados ramos do pinheiro – inspiram os tons terrosos e os verdes profundos, enquanto os bordados artesanais em lã reproduzem o movimento gracioso da floresta ao vento. Já os detalhes em tons de brasa homenageiam o fogo da sapecada, ritual que transforma o pinhão em símbolo de calor e união.

“É uma peça que fala da nossa terra, das raízes que nos sustentam e da beleza que nasce do fogo e da resistência”, emociona-se Ana Paula, que viu sua criação, concebida quase uma década atrás, renascer em um palco de glória. “Ver Lariane desfilando com tanta leveza, como se as grimpas dançassem com ela, foi um presente. Este vestido carrega a alma da nossa gente.”

Ver Lariane Rodrigues, usar “A Dança das Grimpas” foi como vestir a história da Serra Catarinense. Sentir a energia da mata, o cheiro da fogueira, o carinho das mãos que bordaram cada detalhe. Não era apenas um traje, era uma declaração de amor à nossa identidade, e nessa princesa, cujo sorriso refletiu o brilho dos cristais sob os holofotes.

A noite coroou ainda a Rainha e a 2ª princesa. Moda é arte que se veste, e esse vestido é pura poesia em movimento, definiu um dos jurados.

Enquanto a festa celebrava mais um ano de tradição, “A Dança das Grimpas” provou que a verdadeira elegância nasce da simplicidade transformada em sonho e que, assim como o pinhão, algumas sementes só revelam sua grandeza com o tempo.

Que a vida continue a sapecar nossos caminhos, e que a dança das grimpas nunca cesse.

Ana Paula Pires Coelho.

Sobre o autor

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COLUNISTAS

🕐 junho 14, 2025 08:50